Sinto ainda o abraço que me deste,
Minha mãe, quando a morte te levou,
Junto ao peito, ao soprar do vento agreste
Que da minha tua alma arrancou.
Braços longos, erguidos a oeste
Onde o sol, lacrimando, se ocultou,
Braços doces de amor que me ofereceste,
Um amor que ninguém mais igualou.
Aquele abraço, mãe, ao sol poente,
Na solidão da minha madrugada
É a sombra da cruz dum indigente
Pedindo esmola à beira da estrada,
Sem guarida, cismando tristemente
No único amor que teve de verdade.
. ...
. SOLIDÃO
. AQUEL...
. Enquanto houver amizade.....